Boas-Vindas

Amigos,
Esta é uma net-expressão da
QUINTA DA BORRACHA, vocacionada para os que têm a felicidade de a conhecer, e não só..., que permite partilhar e divulgar as suas actividades e belezas naturais, comentar assuntos e publicar intervenções.
Um local livre, que não faz bem nem mal, antes pelo contrário, mas que pode dar muito ... tanto quanto todos quisermos dar.

Todas as fotos de natureza foram obtidas na própria Quinta
Convido-vos à leitura ansiolítica e ao comentário...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Soma e Segue

Desta vez o Tenente Valdez jogou no campo do Pero Pinheiro, local onde tradicionalmente perdiam e mandaram 5-1 com uma exibição de luxo.
Parabéns ao Martim que esteve ao mais alto nível e continua a manter a titularidade.

E de facto já ninguém estranha o 1º lugar que o CETV tem vindo a ocupar quase desde o início da época, em grande rivalidade com o Linda-a-Velha.
Parabéns ao Tenente Valdez e ao técnico principal Mister Romão.





quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Diário gráfico






A Tx^^ remeteu duas gravuras e uma poesia (já antes divulgada) do seu diário gráfico, para publicação.




Ensaio do Grupo

Foi simpático o ensaio do Grupo, apesar da qualidade de som deste video ser a possível e não a desejada, deixo-vos um dos temas tocados.

Flagrante delitro

Não pude deixar de publicar esta bela foto de um dos nossos mais queridos antepassados, simpaticamente enviada por um amigo.
Reparem o simbolo do Abel Pereira da Fonseca pintado no pipo atrás do balcão.

A pipa do 'clarete' ... e as garrafas do tinto da época alinhadas nas prateleiras.

E a postura (até mesmo aqui) elegante do nosso Pessoa, apanhado em flagrante delit(r)o, bebendo um copo de três, tinto...

quem sabe, entre dois poemas, ensaios ou em busca da reflexão ...


1888: Nasce Fernando António Nogueira Pessoa, em Lisboa. - 1893: Perde o pai. - 1895: A mãe casa-se com o comandante João Miguel Rosa. Partem para Durban, África do Sul. - 1904: Recebe o Prémio Queen Memorial Victoria, pelo ensaio apresentado no exame de admissão à Universidade do Cabo da Boa Esperança. - 1905: Regressa sozinho a Lisboa. - 1912: Estreia-se na Revista Águia. - 1915: Funda, com alguns amigos, a revista Orpheu. - 1918/21: Publicação dos English Poems. - 1925: Morre a mãe do poeta. - 1934: Publica Mensagem. - 1935: Morre de complicações hepáticas em Lisboa.

Lisboa. 26 de Novembro de 1935. Pessoa encerra o expediente no escritório de import-export e segue para casa. Debaixo do braço, sempre a sua pasta de cabedal. Antes de chegar ao seu andar na rua Coelho da Rocha, passa pelo bar do Trindade, logo na esquina. Rotina. O amigo vende-lhe fiado. Chega-se ao balcão e diz:
- 2, 8 e 6.
Trindade serve-o: fósforos, um maço de cigarros e um cálice de aguardente. No olhar, cumplicidade. Os fósforos custam 20 centavos, os cigarros 80 e um cálice de aguardente 60. Pessoa simplifica: 2, 8, e 6 tostões. Trindade já está acostumado. O poeta acende um cigarro e bebe o cálice, um trago só. Retira da pasta uma garrafa vazia, preta. Entrega-a ao Trindade que, discretamente, a devolve cheia. Com a pretinha bem guardada, Pessoa despede-se. Sai aos tropeções e a recitar:

Bêbada branqueia
Como pela areia
Nas ruas da feira,
Da feira deserta,
Na noite já cheia
De sombra entreaberta.
A lua branqueia
Nas ruas da feira
Deserta e incerta...

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Se pudesse






Tx ^^ deixou um novo comentário na sua mensagem "Dormir":

Se pudesse metia nas tuas palavras o meu rosto.
És o companheiro que me lê os pensamentos,
és a minha companhia,
minha sombra,
meu rival,
minha musa,

meu diário,
meu amigo,
meu poeta,
tudo isto neste nada,
que no entanto chamo de coração...


Publicada por Tx ^^ em Placebo a 16 de Janeiro de 2008 15:22

Quero estar acordado


Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "Dormir":


Eu, Anónimo, digo: "QUERO ESTAR ACORDADO, tenho tempo para dormir!"




SOLIDÃO

Sozinho, caminhas na multidão
Olhas em teu redor e nada vês
De cabeça baixa e olhos no chão
Esperas na fila a tua vez

Tens na tua sombra uma companheira
Que no silêncio lê teu pensamento
Nesse teu mundo e à tua maneira
És actor no teu próprio argumento

Não participas na festa da vida
Ouves música mas não a entendes
No rosto vê-se a alma entristecida
Tens amigos, mas não os compreendes

Deixas o mundo passar a teu lado
Não acreditas nas suas certezas
A fragilidade leva-te ao fundo
Alegrias, para ti, são tristezas

Mais vale só, que mal acompanhado
Diz a voz popular com toda a razão
Apesar da certeza do ditado
Não quero para mim a solidão


Publicada por Anónimo em Placebo a 16 de Janeiro de 2008 0:04

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Dormir










Um estado de espírito daqueles quando não apetece fazer nada... o 'fare niente'

Tx ^^ deixou um novo comentário na sua mensagem " O Velho da Bengala":

Para quem possa ter notado pouca disputa poética...

Eu tenho escrito. Tenho sim. Mas nada que valha a pena publicar neste tão querido blog nosso.

Por isso com a ajuda de selecção aqui apresento um poema um pouco em baixo.

"Dormir..."

Não dormi. Deixem-me dormir.
Não quero ir ás aulas aprender,
Apenas quero adormecer na minha cama.

As aulas, não é que não me importem.
Simplesmente já não me fascinam.
Só quero dormir. Não me acordem.


Já desisti de ir a lado nenhum.
Já desisti de enfrentar este mundo.
Já desisti de estar em lado algum.

Prefiro sonhar com a magia
Que aqui não existe.
Deixem-me estar nesta letargia.

07.01.2008


Publicada por Tx ^^ em Placebo a 14 de Janeiro de 2008 21:32

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

O Velho da Bengala









Benvindo em 2008, um Bom Ano para voçês

Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem " Final de Ano - A Noite em Festa":

O VELHO DA BENGALA
Era final de tarde de 31 de Dezembro de 2007, o Sol desaparecia por detrás dos prédios do outro lado da minha rua. Apoiado no parapeito da janela, olhava a rua em baixo observando o vaivém das pessoas e carros que, neste dia, era mais intenso do que o habitual. Daí a pouco realizar-se-ia a famosa corrida de S. Silvestre da Amadora.
No meio daquela gente vi então, um velhinho de barbas brancas que, apoiado na sua bengala, caminhava cambaleando pela rua abaixo denotando grande dificuldade em se equilibrar e também de se orientar, parecia perdido. Fixei então, toda a minha atenção naquela figura e achei estranho que ninguém, ao contrário do que é habitual nestas circunstâncias, o ajudasse a atravessar a rua ou lhe perguntasse se estava a sentir-se bem e se precisava de alguma ajuda. Pelo contrário, vi as pessoas afastarem-se à sua passagem e algumas até o empurravam e insultavam, gesticulando de punhos fechados na sua direcção.
Nessa altura reparei, também, que a circulação automóvel tinha sido cortada e que o número das pessoas que circulava lá em baixo e que ia formando um cordão ao longo dos passeios, tinha aumentado consideravelmente.
Porque a algazarra em volta do velhote ia aumentando à medida que ele caminhava, cada vez com mais dificuldade, pela rua abaixo e porque não era normal aquele comportamento da parte destas pessoas, normalmente, tão solidárias, resolvi descer à rua para ir verificar o que, afinal de contas, se passava.
Questionei algumas pessoas para tentar perceber o porquê de toda aquela animosidade contra aquele velhinho e para, se fosse possível, dar-lhe uma ajuda. Porém, logo recuei nas minhas intenções porque um coro de vozes vociferando em uníssono se levantou dizendo que ele era um malandro sem vergonha e o grande responsável por tudo o que lhes tinha acontecido de mal durante o ano. E como se isso não chegasse, ainda tinha o descaramento de vir para a rua provocar as suas vítimas.
Culpavam-no pelo aumento do desemprego, dos impostos, dos combustíveis, dos bens de consumo:leite, pão, fruta, peixe, carne e todos os outros, pelo aumento das taxas de juro à habitação, pelo encerramento de centros de saúde, maternidades, hospitais e esquadras de polícia, pelas leis que favorecem os ricos e os espertos e desproteje quem trabalha e é honesto, pelos cortes das verbas para a saúde, para a educação e para a habitação, pelas novas leis de trabalho que, cada vez mais, prejudicam os trabalhadores, pela corrupção e finalmente pelo aumento e impunidade da criminalidade. Enfim, tudo lhe era imputado sem dó nem piedade até ao ponto de, eu próprio, tanto ouvir aquele rosário e de ver que o velho nem sequer fazia um gesto para se proteger ou sequer contestar as acusações, acabei por concordar com aquela gente e juntar a minha voz à deles naquele coro de indignação. "Quem cala consente, diz a sabedoria popular!"
De repente ouvi a sirene das motos de dois batedores da polícia que, afastando as pessoas para os passeios, desciam a rua abrindo caminho. Todos os olhares se viraram então para um jovem forte, bem-parecido e equipado a rigor que, acenando às pessoas, corria alegre pela rua abaixo. Atrás dele vinha uma multidão ruidosa que incentivava todos quantos estavam na rua a juntar-se a eles. Assim aconteceu, muita daquela gente juntou-se ao grupo e lá foi gritando de alegria. Na confusão que se gerou, ninguém mais se lembrou do velhote da bengala.
Porque já não tenho vida para correrias, fiquei ali parado, juntamente com um pequeno grupo, vendo a multidão desaparecer ao fundo da rua. Quando tudo se acalmou reparei, assim como os outros, que no meio da rua estava uma pessoa estendida e bastante maltratada. Tinha sido atropelada e espezinhada por aquela multidão desenfreada que, eufórica, tudo levava na sua frente.
Só quando nos aproximámos me apercebi que era o tal velho que tinha sido alvo dos protestos populares. Debrucei-me sobre ele e vi que, embora com muita dificuldade, ainda respirava. Olhou para mim com o olhar triste de quem sabe que o seu fim está prestes a chegar. Nesse olhar percebi um pedido de ajuda ao mesmo tempo que os seus lábios pareciam querer dizer algo. Inclinei-me um pouco mais e ouvi, então, ele pronunciar num sussurro: Perdoem-me, eu não sou culpado, é verdade que fiz tudo isto de que me acusam mas fui obrigado a fazê-lo. Os verdadeiros culpados ainda por cá ficam e não vão parar, por isso, fiquem alerta.
Agarrei a telemóvel e liguei para o 112, eram vinte e duas horas e dez minutos.
Quando o INEM chegou, duas horas e tal depois, já passava da meia-noite e o homem já tinha sucumbido, morrera precisamente quando no relógio da igreja da Falagueira soava o último dos doze toques que assinalavam as vinte e quatro horas.
Ainda assisti ao embarque do corpo na ambulância e, quando lhe desabotoaram o casaco para verificarem se trazia alguma identificação nos bolsos, vi uma chapa enferrujada pendurada ao pescoço por um cordel seboso, que tinha uma gravação, já bastante sumida, que dizia: eu sou o ano velho.
Enquanto regressava a casa, veio-me ao pensamento aquele jovem que tinha passado correndo rua abaixo arrastando, atrás de si, aquela multidão e, então, como que num flash, vi na frente da sua camisola escrito a letras douradas: EU SOU O ANO NOVO. Nas costas, igualmente em letras douradas, li: SIGAM-ME QUE NADA VOS FALTARÁ.
Subia lentamente as escadas quando dei por mim a falar sozinho e a dizer em voz alta: - Pois é! O outro que morreu há pouco, ali na rua, também prometeu isso há um ano atrás, vê lá o que lhe aconteceu!
Liguei a televisão e vi as imagens da euforia de milhares de pessoas, em todo o mundo, saltando em volta do tal rapaz forte e bem-pareceido que, ainda há pouco, tinha passado na minha rua, correndo feliz.

Morreste sem deixar saudade
E de pronto foste esquecido
No trono logo se sentou
Outro Rei, por todos, querido

"Morreu o Ano Velho, viva o Ano Novo! Que floresça colorido e transforme Portugal num imenso jardim, onde todos possam colher as flores!"
Publicada por Anónimo em Placebo a 7 de Janeiro de 2008 22:54

domingo, 6 de janeiro de 2008

Cogumelos para o Luiz Pacheco

Morreu o Luiz Pacheco.
É verdade, morreu um (o último) homem livre, que não tinha medo de ninguém, que dizia o que pensava sem pensar e que ninguém conseguiu domesticar.

Ditador da sua razão, não escondia os vícios e a 'loucura', e o viver à margem da sociedade.
Fazes cá falta, pá! Ficam as obras e a sua memória ...

Em vez de flores, publico as melhores fotos de cogumelos... fotos tiradas ontem (dia da sua morte) e hoje.

Até sempre.

























sábado, 5 de janeiro de 2008

Fim do Ano - O Dia Seguinte

O dia seguinte ... é calmo, trabalhoso e compensador.
Fazem-se as limpezas, as arrumações, comem-se os restos e comenta-se a noite ...

Aqui fica o registo do despertar do Leão









e das limpezas (o M. ainda com o 'new look' da véspera, até parece um pegador de touros)










Depois, a conclusão que o tacho usado afinal permite fazer comida para cerca de 60 pessoas (mas não parece) já que éramos cerca de 40 e ficou a meio (mas também houve as entradas, enfim ...)








Fim do Ano - Fogo de Artifício

Aqui fica o registo de várias fotos do fogo de artifício exterior, oferta simpática da Taï-Taï e que enriqueceu a tradição e o charme da noite.
Obrigado.