Boas-Vindas

Amigos,
Esta é uma net-expressão da
QUINTA DA BORRACHA, vocacionada para os que têm a felicidade de a conhecer, e não só..., que permite partilhar e divulgar as suas actividades e belezas naturais, comentar assuntos e publicar intervenções.
Um local livre, que não faz bem nem mal, antes pelo contrário, mas que pode dar muito ... tanto quanto todos quisermos dar.

Todas as fotos de natureza foram obtidas na própria Quinta
Convido-vos à leitura ansiolítica e ao comentário...

domingo, 30 de dezembro de 2007

Ser Professor em Portugal (comentário)


Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "Ser Professor em Portugal":

Exmo. Senhor
Mestre-escola, Professor, Doutor e Catedrático

Depois de ler com atenção o que escreveu, não posso deixar de manifestar o meu mais veemente protesto pela exploração impiedosa que, em pleno século vinte, ainda se faz do ser humano, neste país governado por engenheiros.
Como, certamente, não será só V. Exa. que estará nestas condições, entendo, agora, melhor o porquê de haver neste país, governado por engenheiros, cerca de quarenta mil professores desempregados.
Se um professor faz tudo isto, para quê gastar dinheiro, que tanta falta faz para comprar aviões e submarinos, em novos ordenados?
Professores, com cinquenta anos, para a reforma, já!!
Abaixo a Exploração Intelectual!!
Publicada por Anónimo em Placebo a 29 de Dezembro de 2007 19:18

Ano Novo


Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem " Olha o Fim-do-Ano":

Como não vou estar presente, no que à matéria diz respeito, não quer dizer que não o faça através do pensamento.
Através dele, aí estarei, podem crer, bebendo uns copos, cometendo alguns excessos gastronómicos e
partilhando amizades.
Entretanto, antes que o ciber-espaço da Semineira fique intransitável, envio a minha provocaçãozinha à mais formosa flor que cresce nessa Quinta.

ANO NOVO

Saltam rolhas, brota o champanhe
Ao som das doze badaladas
Recebemos e Ano Novo
Porque o velho é águas passadas

Tachos e panelas batendo
Num ruído desafinado
Que venha tudo do melhor
É o desejo partilhado

Noite mágica em todo o mundo
Com maior ou menor beleza
Abusamos de tudo um pouco
Até esquecemos a tristeza

Finda que está a fantasia
Novo ciclo vai começar
Fazem-se planos, traçam-se rotas
Para o sucesso alcançar

Neste ritual imutável
Nasce a realidade do ser
Um ano depois festejamos
Porque conseguimos vencer

Um abraço
Publicada por Anónimo em Placebo a 29 de Dezembro de 2007 18:22

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Era uma vez ... (o dia seguinte)

Publica-se, com muito prazer, mais um comentário feito no blog, que saúdo, agradeço e incentivo à participação.
Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem " Dia de Natal":

Foi-se o Natal e, com ele, a psicose consumista que provoca o exagero de desperdícios dos bens de consumo, sobretudo bens alimentares, que tanto jeito fariam a quem, durante todo o ano, passa fome e não tem uma vida condigna.
Então! E o amanhã?

ERA UMA VEZ ...
(O Dia Seguinte)

O Céu estava estrelado e o frio que eu sentia gelava os ossos. Dei por mim voando sobre as ruas e vielas da minha cidade e, tal como Ícaro, senti-me feliz porque voava e podia observar, sem ser notado, toda a sua beleza que, contrariamente ao habitual, estava iluminada por milhões de lâmpadas coloridas.
Porém, a magia daquele momento foi um Sol de pouca dura. Um vento, em turbilhão, veio perturbar toda aquela calma e, logo de seguida, as imegens que passei a observar, lá em baixo, deixaram-me ainda mais gelado, ao mesmo tempo que era invadido por uma enorme tristeza. Olhei, então, com mais atenção e:
Vi uma multidão correndo, de um lado para o outro, e que se atropelava para entrar nas lojas e nos Centros Comerciais e que depois saía com os sacos cheios de nada.
Vi uma criança que, chorando em frente à padiola de um vendedor ambulante, pedia à mãe um brinquedo que ela lhe negava por não ter dinheiro para o comprar.
Vi um mendigo, de olhos arregalados, em frente a uma montra recheada de doces, certamente, pensando como deveriam ser gostosos.
Mais além vi um sem-abrigo preparar a sua cama numa das entradas do Metro: com pedaços de cartão fazia o colchão e de jornais, já lidos, fazia os lençóis e os cobertores para se agasalhar.
Numa esquina mais escura vi um vulto encostar uma navalha a um transeunte mais descuidado e sacar-lhe o pouco dinheiro que ele levava.
Em tendas improvisadas, ou então debaixo das arcadas de alguns edifícios, vi pessoas distribuindo sopa quente e alguma comida sólida aos que fazem das estrelas e do céu da minha cidade o seu tecto protector.
Voando, continuei percorrendo todos os bairros da cidade e vi, em todos eles, famílias reunidas em volta da mesa saboreando bacalhau cozido, cabrito assado, suculentos doces e depois, ao redor de um pinheiro iluminado, abrirem os mil e um embrulhos dos presentes que iam trocando entre si.
Por fim, em algumas associações e clubes de bairro, com cenários montados para a ocasião e sob os holofotes das televisões, vi colarinhos brancos e casacos de peles ceando e confraternizando com pessoas pobremente vestidas, de cabelos desalinhados, a barba por fazer e que nada tinham a ver com a sua condição social.
Foi nessa altura que novo turbilhão de vento me sacudiu e eu acordei sobressaltado. Ajeitei a cabeça na almofada e, só então, me lembrei de que era noite de Natal e que eu tinha estado a sonhar.
Afinal de contas, disse eu falando para mim mesmo, se era noite de Natal, porque não tinha eu visto, em momento algum do meu sonho, o Pai Natal?
Levantei-me cedo no dia seguinte e fui percorrer, a pé, as ruas e vielas da minha cidade. Tal como no meu sonho, estava um frio de gelar os ossos.
Vi pessoas que, ao passarem, desejavam boas-festas aos amigos e conhecidos. Vi outras que, de cabeça baixa e ar tristonho, parecia não saberem que era dia de Natal. Vi vultos passarem droga num canto de uma qualquer praceta. Vi uma mulher ser assaltada depois de levantar dinheiro no multibanco. Vi toneladas de caixas, fitas e papéis coloridos amontoados junto aos contentores do lixo. E, finalmente, vi silhuetas remexerem nos caixotes de lixo à procura da comida que se esbanja nesta quadra.
À noite e já em casa, vi nos telejornais imegens de alguns figurões de gravata que, sorrindo para as câmaras, confraternizavam com gente humilde de cabelo desalinhado e barba por fazer, e com ela se sentavam à mesa nas ceias de Natal promovidas pela caridadezinha hipócrita e bafienta.
Se, no meu sonho, me tinha sentido triste, maior tristeza senti enquanto percorria as ruas da minha cidade. Afinal, eu não tinha sonhado! A realidade, nua e crua, ali estava: A minha cidade era, mesmo, assim!

Publicada por Anónimo em Placebo a 27 de Dezembro de 2007 23:33

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Olha o Fim-do-Ano



Ainda estamos nós a ressacar a bolimia da ceia do Natal e já se iniciam os preparativos e a organização para a noite do final do ano.

Misturar o conservadorismo tradicional com a criatividade artística, o som do clássico com o audio-visual e o concerto ao vivo, proporcionar momentos diversificados que mantenham os interesses espontâneos, a iniciativa e a participação voluntária dos convidados que por actos comuns e sucessivos possam assegurar uma noite de espectáculo... interessante, ocupada e divertida.

Rever os amigos, contar as novidades, comentar os acontecimentos, recordar os ausentes, a infância e o passado, analisar o ano que acaba e os novos projectos que nos esperam ... consolidar amizades, fazer troca de bom-humor, de experiências de vida, aprender com os mais novos, ser o anti-depressivo que reanima e encoraja a euforia perdida em uns e o calmante que serena e encanta a habitual hiper-actividade de outros.
É o ciclo natural do auto-carregamento de baterias colectivo que reforça a confiança e a auto-estima para os dias vindouros.

Claro que a gastronomia é tema importante, não fossemos nós o povo que fez inveja aos romanos que ao chegarem a esta zona da península se surpreenderam porque não só utilizávamos o que de mais salutar eles conheciam (pão, azeite, vinho, frutas e legumes) como ainda sabíamos cozinhar a carne (não como os bárbaros) mas de forma requintada e muito variada bem como o peixe que abundava.
Assim sendo, logicamente que teremos de ter uma oferta cuidada e diversificada, com entradas e sobremesas a preceito e tudo regado multi-facetadamente com vinhos de qualidade de várias regiões e tipos e bar aberto ao apetite esporádico e pessoal.

Assim tem sido e assim esperamos que venha a ser este ano, contando como sempre com o apoio de todos, para a satisfação de todos.
Há ainda uns dias para acertar os preparativos e definir a gastronomia, preparar a animação, o local, os equipamentos, o físico (fazer a dieta possível) e a mente (arquivar a estagnação, abrindo espaço à liberdade).

Meus amigos, está aberta a provocação.
Até já...

Ser Professor em Portugal





Recebi de um amigo (professor) este poema de intervenção, de autor desconhecido, e que não posso deixar de publicar:

" Faço projectos, planos, planificações;
Sou membro de assembleias, conselhos, reuniões;
Escrevo actas, relatórios e relações;
Faço inventários, requerimentos e requisições;
Escrevo actas, faço contactos e comunicações;
Consulto ordens de serviço, circulares, normativos e legislações;
Preencho impressos, grelhas, fichas e observações;
Faço regimentos, regulamentos, projectos, planos, planificações;
Faço cópias de tudo, dossiers, arquivos e encadernações;
Participo em actividades, eventos, festividades e acções;
Faço balanços, balancetes e tiro conclusões;
Apresento, relato, critico e envolvo-me em auto-avaliações;
Defino estratégias, critérios, objectivos e consecuções;
Leio, corrijo, aprovo, releio múltiplas redacções;
Informo-me, investigo, estudo, frequento formações;
Redijo ordens, participações e autorizações;
Lavro actas, escrevo, participo em reuniões;
E mais actas, planos, projectos e avaliações;
E reuniões e reuniões e mais reuniões!...

E depois ouço,
alunos, pais, coordenadores, directores, inspectores,
observadores, secretários de estado, a ministra
e, como se não bastasse, outros professores,
e a ministra!...

Elaboro, verifico, analiso, avalio, aprovo;
Assino, rubrico, sumario, sintetizo, informo;
Averiguo, estudo, consulto, concluo,
Coisas curriculares, disciplinares, departamentais,
Educativas, pedagógicas, comportamentais,
De comunidade, de grupo, de turma, individuais,
Particulares, sigilosas, públicas, gerais,
Internas, externas, locais, nacionais,
Anuais, mensais, semanais, diárias e ainda querem mais?
- Querem que eu dê aulas!?... "

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Dia de Natal


Hoje é dia de Natal ... dia do nascimento de Jesus Cristo.
Foi-se a ceia, foram e vieram presentes, e hoje... há descanso.
E gostava que tivesse sido assim com todos, em todo o Mundo, mas sei que não foi...

Muito há a dizer sobre o tema, como pode ser visto, vivido, desconhecido ou ignorado nos vários centros da humanidade e sobre os valores que cada um absorve para si. Mas ficará para outra altura.
Quero apenas dar-vos uma prenda, como sempre através da fotografia.

Deixo-vos com o nascimento de uma flor (parece uma pérola).
Bom Natal.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Boas-Festas


A todos os nossos habituais leitores e amigos, a Quinta da Borracha deseja votos de Boas-Festas nesta quadra Natalícia.
Bom Natal !

sábado, 22 de dezembro de 2007

Açores - Paraíso Misterioso

Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem " O meu País":
Amigo e companheiro Bróitas!
É sempre agradável ouvir ou ler um elogio a algo que fizemos. Todavia, também, não podemos deixar de tirar ensinamentos das opiniões que nos chegam sobre essas mesmas coisas que fizemos ou escrevemos.
O teu reparo é justo mas tu, que me conheces, sabes que eu sei, que tu sabes, que o meu Portugal é igual ao teu Portugal.
Em 2004 aventurei-me, juntamente com a Isabel com a qual faço hoje, dia em que escrevo estas linhas, trinta e seis anos de casado, numa viagem pelo Oceano Atlântico. Dessa viagem vou contar-te o que vi e partilhei durante nove dias.

AÇORES
Paraíso Misterioso

Brotam imponentes na vastidão do Atlântico
Nove majestosas ilhas de lava e de mistério
Com os seus encantos atraíram marinheiros
E ajudaram na expansão do luso império

Ilha de Santa Maria e além a de São Miguel
Saúdam o Sol quando ele nasce no Oriente
Mais ao longe nas águas revoltas do Oceano
As ilhas das Flores e a do Corvo a Ocidente

No meio existem cinco baluartes da história
Aí se elevam a Terceira, a Graciosa e o Faial,
Solidárias, com a ilha de São Jorge e a do Pico
Formam aquilo que é o grande núcleo central

Em São Miguel, vi furnas de águas ferventes
Do mirante do rei, a Lagoa das Sete Cidades
Subi aos montes e percorri os verdes prados
Vi como o homem luta e vence adversidades

Desci até ao centro da Terra na ilha Terceira
Através do ventre gélido do Algar do Carvão
Quando por aquela boca de vulcão penetrei
Logo senti o palpitar de um imenso coração

Na ilha do Faial, imaginei um vulcão a nascer
Depois, num mar de azúis hortênsias naveguei
Na marina, vi a arte dos Picassos marinheiros
E tal como Nemésio, o mítico canal atravessei

Na ilha do Pico, terra dos baleeiros corajosos
Constatei os perigos que no mar enfrentaram
Vi, também, como fizeram da lava terra arável
E como, nos currais, as suas vinhas plantaram

Olhei a montanha e quis ter asas de milhafre
Ir além das nuvens, poisar no seu pico gelado
Depois afagar aquele seio, frio, de escura lava
E beijar o mamilo que ao céu está apontado

Um abraço
Publicada por Anónimo em Placebo a 19 de Dezembro de 2007 23:50

Meu caro amigo,
A intenção era obviamente 'picar-te' para te trazer de novo ao convívio do blogue, o que foi conseguido.
Eu sei bem que o meu Portugal é igual ao teu... e que partilhas desta mesma visão.
Sobre a qualidade e a paixão intensa que colocas nos teus poemas não preciso falar porque eles falam por si. Deve ter sido uma viagem e tanto ...
Parabéns ao casal, não só pelos 36 anos de casados mas porque parece que casaram ontem...
Um beijo especial à Isabel e um Bom Natal à Família.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Massacre no CETV

Mais uma vez a titular, num grande jogo em que (ao contrário do que alguns clubes grandes nos habituaram) foi tentar marcar sempre mais um até ao fim.
O resultado de 11-1 espelha o massacre.
Contudo, o adversário também está de parabéns porque foi digno dentro do campo e não merecia tamanho desaire.



segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

O meu País

Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem " Christmas is on the (polluded) air, but it's commi...":

Oh meu! Neste dia estavas mesmo de "Candeias às avessas"!
Aplaudo com ambas as mãos estas linhas que escreveste e tal como tu, também eu pergunto: E Portugal?
Pois é, os tempos estão difíceis e mais difíceis irão ficar se não se conseguir isolar os malfeitores deste belo jardim que Afonso Henriques, batendo na própria mãe, plantou bem junto ao Oceano.
Como estamos na época do Natal, embora sem tempo para pensar em prendas e, muito menos, sem dinheiro para as comprar, envio-te o que escrevi há uns tempos para te alegrar a alma.
Isto sim, é o nosso Portugal!

O MEU PAÍS

Meu Portugal, país de navegantes
Onde a luz do Sol tem mais explendor
Percorri-o do Minho ao Algarve
E vi como o povo lhe tem amor

No Minho fui dançar ao arraial
Nas festas da Senhora da Agonia
Saboreei rujões e bacalhau
Observei toda aquela alegria

Desci pelo rio Douro navegando
Na Régua, suas vinhas contemplei
Em convívio com as gentes do Porto
Nas festas sãojoaninas brinquei

Na Beira, subi à serra da Estrela
Provei daqueles queijos sem igual
Na Torre aproveitei para esquiar
Feliz, toquei o céu de Portugal

Fui a Coimbra, seguindo o Mondego
Ouvi cantar o fado no choupal
Vim para baixo e vi na Nazaré
Sete saias, dançando no areal

Mais para Sul, vi no meu Ribatejo
Campinos na arte de campear
Pus barrete e jaqueta encarnada
E em Santarém, um touro fui pegar

Naveguei, Tejo abaixo, até Lisboa
Namorei a menina da Nação
Com ela aprendi a cantar o fado
E acolher os filhos no coração

Vi no Alentejo, o trigo, ceifar
Por homens tisnados pelo calor
Nos vinhos e enchidos, abusei
E cantando, aliviei minha dor

Alegre e cansado, cheguei ao Sul
E no mar azul, logo mergulhei
Vi moçoilas dançar o corridinho
Deitado ao sol, o corpo escaldei

Até um dia destes, amigo Bróitas!

Publicada por Anónimo em Placebo a 17 de Dezembro de 2007 18:38

Meu amigo, gostei obviamente (e como sempre) dos teus óptimos poemas.
Não posso contudo deixar de te dizer que o meu País é bem mais lato que o teu. O meu País tem umas ilhas lindas no Oceano Atlântico, quiçá berço da Atlântida e das baleias brancas, terras de belezas tamanhas e de gentes e culturas igualmente distintas e complementares.
O meu País tem (e mantém) a sua Cultura espalhada por todo o Mundo e tem Culturas de todo o Mundo no seu seio. Sinto o meu País onde se fala Português, onde se pode ver a arquitectura, os marcos da história e a influência deixada pelos nossos antepassados. Sinto o meu País quando hoje falo com os imigrantes nos seus Países de origem. Sinto o meu País quando falo com os nossos emigrantes lá fora.
O meu País não tem fronteiras ... nem cabe neste canto da Europa.
Até sempre!
Bróitas

O Homem a Descoberto

Tx ^^ deixou um novo comentário na sua mensagem "O MUNDO LÁ FORA (fora de mim) ":
Tá Lindooo!!!
fico aos pulos com a resposta!Poemas são o meu unico escape ao trabalho...o unico local onde entre o papel e a caneta me sinto livre. Sou tudo e nada, posso ser ou deixar de ser se assim o quiser. A razão pela qual dei este desafio é que tenho aqui uns pequenos poemas já escritos e gostava que houvesse um antes de mim sobre o mesmo assunto para poder escrevê-los..

"O Homem a Descoberto"

Este mar que tudo testemunhou
Este mar que tudo nos deu
Porque diz o povo que o domou
Se foi ele que nos protegeu?

Este céu que tudo observou
Este céu que nos viu navegar
Este, que em tempos muitos assassinou
Deixa-nos hoje voar.

E esta terra que inaugurou
O comercio entre os pares
Esta, que a nossa gente povoou
Deixou-nos banhar nos 7 mares.

Esta chama que muito desfez,
Iluminou-nos da escuridão
Mostrou-nos novos caminhos
Os da pimenta e do açafrão.

E tu, Homem que nasceste,
Navegaste sem nunca voar,
Provavelmente morreste
Sem nunca ver em ti a glória pairar...

[05.11.07]

Publicada por Tx ^^ em Placebo a 17 de Dezembro de 2007 17:01

Epopeia dos Mares

Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem " O MUNDO LÁ FORA (fora de mim)":

Novamente para Tx^^
Cá vai o resto do desafio.

EPOPEIA DOS MARES

Terra à vista! Gritava o marinheiro
Empoleirado no mastro real
Era assim que valentes mareantes
Davam novas terras a Portugal

Partiam de Belém, beijando o Tejo,
E venciam medos do mar profundo
Levando as caravelas lusitanas
À descoberta das rotas do mundo

Ao dobrarem o Cabo das Tormentas
Tremeram ao verem o Adamastor
Sulcando o mar foram até à Índia
Com Vasco da Gama "O Navegador"

João Gonçalves Zarco e o Perestrelo
Descobriram um jardim no Atlântico
Fizeram da Madeira um paraíso
Onde qualquer um podia ser romântico

Velho Cabral ou Diogo de Silves
Ainda há dúvidas, quanto aos Açores
São nove baluartes no Atlântico
Envoltos em mistérios e amores

Diogo Gomes descobriu Cabo Verde
Ao rio Zaire, chegou Diogo Cão
Conquistou-se Angola e Moçambique
Tínhamos o Globo na palma da mão

Álvares Cabral, chegou ao Brasil
Antes de rumar para Oriente
De Lisboa partiram para a Índia
Perderam-se e foram para Ocidente

De descobrimentos e de conquistas
Fez-se um Império que foi português
Agora, que somos de novo pobres
Ninguém respeita a nossa pequenez


Espero que tenhas gostado!
Fico à espera da contrapartida.

Antes de terminar não resisto a transcrever, para ti, uma quadra do poeta F. Pessoa que faz parte do sub-título "Padrões" do Mar Portugês:
...
E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim é grego ou romano
O mar sem fim é português
...

Publicada por Anónimo em Placebo a 15 de Dezembro de 2007 19:02

... E a Natureza fez o Homem

Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "O MUNDO LÁ FORA (fora de mim) ":

Tx^^
Confesso que o teu desafio me deixou um pouco baralhado sem entender o porquê dos temas escolhidos, sobretudo o dos Descobrimentos. Todavia, como um desafio é algo que, sempre, estimula as nossas capacidades de realização, calcei as chuteiras, que é como quem diz, afinei o teclado e, vai daí, nem olhei para trás. Chutei com força, mas nem vi se marquei golo!

... E A NATUREZA FEZ O HOMEM

A ÁGUA é a seiva da vida
Que brota e alimenta a TERRA
E da TERRA se fez o HOMEM
Que com, o FOGO, faz a guerra

Guerra que mata a Natureza
Negando-lhe o direito ao AR
O HOMEM ao fazer a guerra
Deixou de ter tempo para amar

Amar que é um FOGO que arde
Dentro de cada coração
Tal como a ÁGUA apaga o FOGO
Assim o amor cala o canhão

Canhão, predador implacável
Que manipula as verdades
Faz do FOGO sua razão
Para acabar com as liberdades

Liberdades que voltarão
Quando um NOVO HOMEM nascer
A ÁGUA, a TERRA, o FOGO e o AR
No seu sangue hão-de correr

Um beijo para ti

Publicada por Anónimo em Placebo a 15 de Dezembro de 2007 1:43

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Christmas is on the (polluded) air, but it's comming...

Pois é, meus amigos, cá estou eu ... qual ave migratória, qual jornalista provinciano ou artista 'on the road', cá estou eu para vos anunciar que o Mundo e os Homens continuam activos (vivos, embora um bocado chamuscados...), a deixarem a sua marca na História deste millennium voraz que banaliza muitas vezes o humanismo e a razão com a ânsia pela afirmação do poder, com recurso às mais modernas tecnologias (e virtualidades).

Pois é, a continuada mortandade fraticida que assistimos em várias aldeias deste nosso lar global, a desconfiança nas políticas e visões (democratas-)economicistas que ao abrigo do bem comum penetram pela ideologia (outras vezes pessoalmente ou por terceiros) nas casas alheias exigindo práticas diferentes das que (na realidade) usam na sua, o olhar cego ao que não possui valia económica ou ao que obriga a sujar as mãos, a assumir erros passados ou encargos futuros. Pacificados os regionalismos europeus renasce a instrumentalização das religiões no protagonismo dos bairros mais distantes da civilização institucional.

São os tempos de verdades virtuais, das contradições justificadas, das irmandades de interesses, da globalização económica, da discussão ecológica e do acesso à informação (e desinformação) em tempo real... onde construimos o futuro dos nossos filhos e da humanidade.

E Portugal?
O tal País das Portas para o Mundo, que vimos se abrir para a Europa, na política e na moeda comum, que criou desenvolvimento e economia mas abdicou de boa parte da sua tradição agrícola, viu a extinção de muitas profissões tradicionais e a transformação do comércio local em empresas de serviços e assistiu a uma crescente cosmopolitização dos seus vizinhos.

O desporto, a política e o comércio têm vindo a produzir Portugueses com sucesso de conotação internacional.
Reapareceu a organizar eventos de protagonismo mundial, como a Expo 98 (lembram-se?), a assinatura do 1º Tratado Europeu, o Campeonato da Europa de Futebol, os Lisboa-Dakkar e agora a Cimeira Europa-África e o Tratado de Lisboa.

Bom, nem sei porque é que me afastei tanto do tema que é o Natal, que está à porta.
Se calhar por tudo isto é que o tempo passa mais rápido, não há tempo para pensar nas prendas, muito menos para as ir comprar, etc.

Vão-se preparando, que (apesar de tudo) o Natal está a chegar.
Até já.

O MUNDO LÁ FORA (fora de mim)














Publica-se um poema da Tx^^de que gostei muito e que denota a forte veia de criatividade que tem para nos dar.
Realço ainda, do meu ponto de vista, os progressos evidenciados.

Tx ^^ deixou um novo comentário na sua mensagem " Mexerico":
Aqui vai um poema escrito dia 22.11.2007, um poema escrito num intervalo..mais um.

"O MUNDO LÁ FORA (fora de mim)"

Abraça-me. Preciso de um abraço. Preciso sentir-me segura.
O mundo está tão escuro lá fora. Tenho medo. Não gosto da trovoada.
Ainda não vi nenhum raio. Mas vejo-os aproximarem-se.

Vem comigo. Não me deixes só. São muitos lá fora.
Não me largues a mão. Não me deixes perder. Não saberei voltar.
Não saias do meu lado. Os outros aproximam-se. Não me deixam respirar.

Fala comigo. Não te cales por nada. Ou então cala-te. Os olhos dizem tudo.
Mas cala-os tambem. Não consigo ouvi-los. Já os ouvi demais.
Estou surda para o mundo porque já o ouvi demais. Ele ensurdeceu-me.

Beija-me. Acalma-me. Ocupa-me. Estou tão farta que só fujo.
Dá-me a calma. Dá-me uma razão para ficar.
Ou então deixa-me ir. Não quero ter que resistir...


Tambem quero aproveitar para desafiar o Sr M. para falar sobre os descobrimentos e os 5 elementos(água, terra, fogo, ar e o homem). Já tenho um poema preparado mas sinto falta da sua presença. Gosto quando o desafio vem de pessoas por quem tenho um enorme respeito e apreciação.(Isto é equivalente para um certo sr, que sei que escreve muito bem e que não escreve há demasiado tempo. Deveria ser crime!!!)

Publicada por Tx ^^ em Placebo a 13 de Dezembro de 2007 19:07

Volta ao Mundo


Anónimo (M.) deixou um novo comentário na sua mensagem "Mexerico ":

Ah! Grande Bróitas Lusitano! Assim é que é falar.
Não sei quem é o teu amigo PZ, nem interessa para o caso, mas que tens razão quando dizes, há que estar atento, disso, eu não tenho dúvidas. Eles andam por aí!
Depois de, nos últimos dias, ser permanentemente bombardeado com a cimeira que ora se desenrola em Lisboa, lembrei-me de algo que tinha escrito em 2005 mas que está sempre actual.
Então, cá vai!

VOLTA AO MUNDO

Montei puros lusitanos-reais
Tinham arreios de ouro fino
Neles fui na volta ao Mundo
Sem ter traçado meu destino

Vivi com mil raças e credos
Com elas partilhei emoções
Observei como são tratadas
Por quem governa as nações

África, terra da abundância
Onde ninguém sabe mandar
Crianças morrendo de fome
E guerras que não vão parar

Países onde brota o ouro negro
A riqueza, ao povo está vedada
Não sabem o que é a liberdade
E às mulheres a beleza é tapada

Na Ásia vi como vivem milhões
Sobreviver é um sinal para lutar
Explora-se a mão-de-obra barata
E o povo emigra para outro lugar

Na América, a Terra Prometida
Em cada rua há um el-dourado
Vi o desprezo com que se trata
A soberania de qualquer estado

Cavalguei por toda a velha Europa
Não vi nesses povos grande união
Porque o egoismo dos poderosos
Deixa os mais fracos sem ambição

Fazer da vida uma Volta ao Mundo
É ter coragem para ver e denunciar
Mesmo sem mmontar lusitanos-reais
Pode-se também esses povos ajudar

Um abraço


Publicada por Anónimo em Placebo a 8 de Dezembro de 2007 17:40

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

O que é Ser Homem














Tx ^^ has left a new comment on your post "Mexerico":

"O que é Ser Homem.."

Nao é a chuva que te molha
Nao é o vento que te constipa,
Nao é o teu olho que olha
Nao é a boca que imita
As respostas do mundo.

Se achas que estás no sitio errado,
Num lugar imundo,
Se achas que a vida é monotona,
Mas nao te dás conta que és tu
Quem estás parado,

Se algo te faz falta,
Se os outros têm mas tu nao,
Se todos se foram,
Até aquela malta
Que te animava a disposição,

Nao será a estrada a fugir
Debaixo dos teus pès,
Nao será o mundo a admitir
Que és tu que tens de ser forte
Que és tu que tens de mudar.

Portanto, se algo se assemelha á morte
Do individuo dentro de ti
Olha á tua volta e põe-te a pensar
Se a chuva que cai sobre mim
nao me constipa tambem.

E se algo continuar a nao estar bem,
Alegra-te que "Descontentamento
É ser Homem." assim diz Pessoa
Toma esta maxima e pôe-te em andamento
Para um mundo melhor, uma vida levada na boa...

E se ainda assim algo faltar
Nao te esqueças que estou aqui
Para o que der e vier.
Amigos são para ficar
E eu ficarei até ao fim.

Posted by Tx ^^ to Placebo at 7 de Dezembro de 2007 0:07

Querido Pai Natal


Parece um texto da 'Mafalda', ... lembram-se ?

Tx^^ deixou um novo comentário na sua mensagem "Mexerico":

Tx ^^ said...
A duas pessoas que merecem uma resposta: M. e Broitas_

"Querido Pai Natal:"
Este ano não quero um brinquedo. Quero a paz mundial, comida em qualquer parte do mundo, saude para todos, sim todos, um telhado onde se abrigarem, um cobertor para se aquecerem, dá a violencia ao temperamento do tempo, fá-lo esquecer que existe, apaga essa crueldade, nao deixes filhos orfaos, nao deixes que aconteçam acidentes...
Pai Natal, será que podes dar-me esse presente? Sei que nao cabe na chaminé e que pesará muito a transportar. Mas apenas peço um mundo melhor.

"O Pai Natal ao ler a carta pensou:"
Nao sou Deus nem algo semelhante mas isto sei. Para este presente, cabe a cada um dar uma parte para que parte dele se concretize. Cabe ao Homem esquecer o mal. Cabe ao Homem ver um futuro melhor. Se cada pessoa pedisse isto ao Pai natal, que pedisse porque sentia e nao porque é um acto de boa fe, entao seria possivel começar a sonhar num mundo melhor.

"Eu, quando escrevi isto pensei:"
Obrigada por tudo o que tenho. E desejo-o a toda a gente. Sim a toda a gente. Mas nao vou pedir este Natal que a terra seja melhor, vou tentar todos os dias torná-la melhor para os que rodeiam. E aí, talvez, se sintam com vontade de torná-lo melhor.Obrigada por tudo. Apenas obrigada...Nao pedirei a alguem que o faça por mim, nem a Deus nem a Jesus Cristo, façam-no voces mesmos.E talvez vejam porque raramente acontece algo em consequência do que rezamos."

5 de Dezembro de 2007 18:58

Vi-te pequenino ...


Tx^^ deixou um novo comentário na sua mensagem "Titular pela 1ª vez":

Tx ^^ said...
Vi-te pequenino num ovo e depois quase explodindo a mãe.
Vi-te vermelhinho nos meus braços, muitas vezes sob o holofote, com e sem penugem tambem.
Vi-te crescer devagarinho, sem pressa nem calma.
De tanto que me chateavas, quase vendi a minha alma!
Mas grande te tornaste, e grande grande me ultrapassaste.
Pois hoje quando te vejo, parece que por cima das nuvens ficaste.
Desde pequeno que sei, que o futebol é muito para ti.
Sempre foste campeão, mesmo antes de titular aqui.
Corre que a vitoria te espera, o caminho é recto.
Vê lá nao corras depressa, nao vás bater nalgum tecto.

GMDT MK
5 de Dezembro de 2007 18:43

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Welcome, youngest blogger


Pedro deixou um novo comentário na sua mensagem "Titular pela 1ª vez":

pedro said...
Parabens ao número três. Mas, como é que se chama a equipa que ganhou???
3 de Dezembro de 2007 18:32


pedro said...
Tenente Valdez... pois claro, quando é que joga com o Damaiense??? Quero assistir!
4 de Dezembro de 2007 8:25

Apesar do Mm não perceber nada disto, ele viu os teus comentários e riu-se muito !!!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Mexerico


Através de um comentário atentório à manifestada inércia jornalistica, tentei despertar o amigo PZ, da antiga Prússia, Alemanha, já que nada escreve há uns tempos no seu blog (o mais lido nas tascas de Berlim Ocidental),


Contudo, por duas vezes, o envio deu erro e fiquei sem saber se foi enviado ou não.

Assim, e porque também ele é leitor deste blog, publico-o aqui aguardando uma suposta reacção:

"Ó meu,
Já li isto (o teu último artigo) dez vezes... onde é que anda a tua (forte) criatividade (que eu conheço)?
Já não vais às tascas de Berlim Ocidental?
Se calhar há censura a mais ... espero que não seja vida a menos!
Acorda!!!
Reage, que o povo está em luta ... contra a poluição ambiental, contra o racismo, contra a xenofobia, contra os direitos das mulheres, contra a economia chinesa, contra a ditadura democrática do Putin, contra o comunismo cubano do Chavez, contra a hegemonia e o altruismo dos americanos, contra o tabaco, contra a bolimia, contra a anorexia, contra a droga, contra as ditaduras de proveito próprio africanas, contra a fome, contra (o aumento) das desigualdades sociais, contra o analfabetismo, contra a corrupção, contra o tráfego humano, contra a emigração clandestina (africana e mexicana),contra a pedofilia, contra a economia do pretóleo, contra a pobreza, contra os políticos, contra a globalização, contra o terrorismo, contra o radicalismo religioso, contra a pena de morte, contra a violência policial, contra as torturas, contra as guerras, contra o totalitarismo, contra as telenovelas, contra a ablação do clitoris, contra o sexo inseguro, contra o abuso do alcóol, contra a prostituição (inclui a infantil), contra o crime organizado, contra o crime fiscal, contra os dirigentes desportivos, contra as injustiças, contra a descriminação sexual, contra a pirataria comercial, contra os grandes lucros (Banca e Estado), contra os 'lobbys', contra o abandono de animais, contra as secas, contra a sida, contra o cancro, contra as pestes em África, contra o envelhecimento das populações, contra o aumento do buraco de ozono, contra o trabalho infantil, contra a imobilidade física, contra as rotinas, contra a insegurança na net, contra o plágio, contra a contrafacção, contra ... (continuo outro dia)

Por tudo isto, há que estar atento.
Bom, vou-me deitar.

um abraço do
Bróitas Lusitano. "

Visita de estudo

Fim-de-semana animado com a visita de estudo da A. e da R.
Puderam apreciar o frio e o aconchego que o campo proporciona ...
A S. fez uns bifinhos de perú com cogumelos excelentes

Espero que tenham gostado... e aproveitado com os estudos.










domingo, 2 de dezembro de 2007

Titular pela 1ª vez
































Aí está ele,
1ª titularidade em jogo oficial, ... com o nº 3 pois claro!
Defesa central de marcação.
Fez um bom jogo, mostrou raça e atitude humilde ...
Ganharam 4-0 ao Palmense.
Parabéns !!!

Natal II

Tx ^^ deixou um novo comentário na sua mensagem "Natal":


"Dorme" disseram-me ao ouvido, "amanhã o Pai Natal trará boas prendas..", e eu obediente deixava repousar as palpebras cansadas de um longo dia a fazer coisas de criança.
"Bom dia, é Natal." criança que era demorei a despertar mas rapidamente retomei consciencia do dia que era e corri para o salao. junto ao pinheiro que custumávamos enfeitar com bolinhas prateadas e longas fitas farfalhudas, alguns anjinhos e uma estrela à americana no topo, encontravam-se dois pacotes grandes com o meu nome escrito. Criança que era nem me cuidei com o embrulho tamanha era a excitação infantil. Num dos pacotes encontrei uma carta solitária e antes que me interessasse pelo seu conteúdo despachei-me a abrir o outro. Este continha um conjunto de legos.
Com a fome esqueci de dar atenção ao envelope. Apos o almoço fomos para o parque e levei o meu conjunto de legos. Lá outras crianças brincavam com os seus brinquedos. Um menino da mesma prematuridade aninhou-se junto a mim e pediu muito educadamente se poderia brincar com o meu brinquedo. A minha primeira reação foi proteger os meus interesses. Nao queria que mo partisse ou mo roubasse, alem disso era meu! Mas depois apercebi-me que ele nao tinha brinquedo e se não lhe emprestasse o meu, nao teria nada para brincar.
Olhei à minha volta e vi todos os da minha altura rirem e fazerem os seus jogos enquanto que o do meu lado parecia murcho e sem sorriso aparente no rosto.
Estiquei-lhe o meu presente e assim que este agarrou na oferta o seu rosto iluminou-se como se tudo dependesse da resposta.
Brincou e devolveu-mo tal como o tinha dado. E foi-se embora.
Em casa lembraram-me "ainda tens uma prenda por abrir" corri para o salão. A minha inocência era tambem ignorância. Leram a carta para mim, "partilha o que tens e nao invejes o que têm os outros, emprestaste um bem que te é precioso quando tens pouco, mas deste algo a alguém que ainda menos tem. E deste-lhe algo que por mais anos que passem nunca se estragará nem desaparecerá..Feliz Natal."

Publicada por Tx ^^ em Placebo a 2 de Dezembro de 2007 16:37