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sábado, 22 de dezembro de 2007

Açores - Paraíso Misterioso

Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem " O meu País":
Amigo e companheiro Bróitas!
É sempre agradável ouvir ou ler um elogio a algo que fizemos. Todavia, também, não podemos deixar de tirar ensinamentos das opiniões que nos chegam sobre essas mesmas coisas que fizemos ou escrevemos.
O teu reparo é justo mas tu, que me conheces, sabes que eu sei, que tu sabes, que o meu Portugal é igual ao teu Portugal.
Em 2004 aventurei-me, juntamente com a Isabel com a qual faço hoje, dia em que escrevo estas linhas, trinta e seis anos de casado, numa viagem pelo Oceano Atlântico. Dessa viagem vou contar-te o que vi e partilhei durante nove dias.

AÇORES
Paraíso Misterioso

Brotam imponentes na vastidão do Atlântico
Nove majestosas ilhas de lava e de mistério
Com os seus encantos atraíram marinheiros
E ajudaram na expansão do luso império

Ilha de Santa Maria e além a de São Miguel
Saúdam o Sol quando ele nasce no Oriente
Mais ao longe nas águas revoltas do Oceano
As ilhas das Flores e a do Corvo a Ocidente

No meio existem cinco baluartes da história
Aí se elevam a Terceira, a Graciosa e o Faial,
Solidárias, com a ilha de São Jorge e a do Pico
Formam aquilo que é o grande núcleo central

Em São Miguel, vi furnas de águas ferventes
Do mirante do rei, a Lagoa das Sete Cidades
Subi aos montes e percorri os verdes prados
Vi como o homem luta e vence adversidades

Desci até ao centro da Terra na ilha Terceira
Através do ventre gélido do Algar do Carvão
Quando por aquela boca de vulcão penetrei
Logo senti o palpitar de um imenso coração

Na ilha do Faial, imaginei um vulcão a nascer
Depois, num mar de azúis hortênsias naveguei
Na marina, vi a arte dos Picassos marinheiros
E tal como Nemésio, o mítico canal atravessei

Na ilha do Pico, terra dos baleeiros corajosos
Constatei os perigos que no mar enfrentaram
Vi, também, como fizeram da lava terra arável
E como, nos currais, as suas vinhas plantaram

Olhei a montanha e quis ter asas de milhafre
Ir além das nuvens, poisar no seu pico gelado
Depois afagar aquele seio, frio, de escura lava
E beijar o mamilo que ao céu está apontado

Um abraço
Publicada por Anónimo em Placebo a 19 de Dezembro de 2007 23:50

Meu caro amigo,
A intenção era obviamente 'picar-te' para te trazer de novo ao convívio do blogue, o que foi conseguido.
Eu sei bem que o meu Portugal é igual ao teu... e que partilhas desta mesma visão.
Sobre a qualidade e a paixão intensa que colocas nos teus poemas não preciso falar porque eles falam por si. Deve ter sido uma viagem e tanto ...
Parabéns ao casal, não só pelos 36 anos de casados mas porque parece que casaram ontem...
Um beijo especial à Isabel e um Bom Natal à Família.

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