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Amigos,
Esta é uma net-expressão da
QUINTA DA BORRACHA, vocacionada para os que têm a felicidade de a conhecer, e não só..., que permite partilhar e divulgar as suas actividades e belezas naturais, comentar assuntos e publicar intervenções.
Um local livre, que não faz bem nem mal, antes pelo contrário, mas que pode dar muito ... tanto quanto todos quisermos dar.

Todas as fotos de natureza foram obtidas na própria Quinta
Convido-vos à leitura ansiolítica e ao comentário...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Christmas is on the (polluded) air, but it's comming...

Pois é, meus amigos, cá estou eu ... qual ave migratória, qual jornalista provinciano ou artista 'on the road', cá estou eu para vos anunciar que o Mundo e os Homens continuam activos (vivos, embora um bocado chamuscados...), a deixarem a sua marca na História deste millennium voraz que banaliza muitas vezes o humanismo e a razão com a ânsia pela afirmação do poder, com recurso às mais modernas tecnologias (e virtualidades).

Pois é, a continuada mortandade fraticida que assistimos em várias aldeias deste nosso lar global, a desconfiança nas políticas e visões (democratas-)economicistas que ao abrigo do bem comum penetram pela ideologia (outras vezes pessoalmente ou por terceiros) nas casas alheias exigindo práticas diferentes das que (na realidade) usam na sua, o olhar cego ao que não possui valia económica ou ao que obriga a sujar as mãos, a assumir erros passados ou encargos futuros. Pacificados os regionalismos europeus renasce a instrumentalização das religiões no protagonismo dos bairros mais distantes da civilização institucional.

São os tempos de verdades virtuais, das contradições justificadas, das irmandades de interesses, da globalização económica, da discussão ecológica e do acesso à informação (e desinformação) em tempo real... onde construimos o futuro dos nossos filhos e da humanidade.

E Portugal?
O tal País das Portas para o Mundo, que vimos se abrir para a Europa, na política e na moeda comum, que criou desenvolvimento e economia mas abdicou de boa parte da sua tradição agrícola, viu a extinção de muitas profissões tradicionais e a transformação do comércio local em empresas de serviços e assistiu a uma crescente cosmopolitização dos seus vizinhos.

O desporto, a política e o comércio têm vindo a produzir Portugueses com sucesso de conotação internacional.
Reapareceu a organizar eventos de protagonismo mundial, como a Expo 98 (lembram-se?), a assinatura do 1º Tratado Europeu, o Campeonato da Europa de Futebol, os Lisboa-Dakkar e agora a Cimeira Europa-África e o Tratado de Lisboa.

Bom, nem sei porque é que me afastei tanto do tema que é o Natal, que está à porta.
Se calhar por tudo isto é que o tempo passa mais rápido, não há tempo para pensar nas prendas, muito menos para as ir comprar, etc.

Vão-se preparando, que (apesar de tudo) o Natal está a chegar.
Até já.

1 comentário:

Anónimo disse...

Oh meu! Neste dia estavas mesmo de "Candeias às avessas"!
Aplaudo com ambas as mãos estas linhas que escreveste e tal como tu, também eu pergunto: E Portugal?
Pois é, os tempos estão difíceis e mais difíceis irão ficar se não se conseguir isolar os malfeitores deste belo jardim que Afonso Henriques, batendo na própria mãe, plantou bem junto ao Oceano.
Como estamos na época do Natal, embora sem tempo para pensar em prendas e, muito menos, sem dinheiro para as comprar, envio-te o que escrevi há uns tempos para te alegrar a alma.
Isto sim, é o nosso Portugal!

O MEU PAÍS

Meu Portugal, país de navegantes
Onde a luz do Sol tem mais explendor
Percorri-o do Minho ao Algarve
E vi como o povo lhe tem amor

No Minho fui dançar ao arraial
Nas festas da Senhora da Agonia
Saboreei rujões e bacalhau
Observei toda aquela alegria

Desci pelo rio Douro navegando
Na Régua, suas vinhas contemplei
Em convívio com as gentes do Porto
Nas festas sãojoaninas brinquei

Na Beira, subi à serra da Estrela
Provei daqueles queijos sem igual
Na Torre aproveitei para esquiar
Feliz, toquei o céu de Portugal

Fui a Coimbra, seguindo o Mondego
Ouvi cantar o fado no choupal
Vim para baixo e vi na Nazaré
Sete saias, dançando no areal

Mais para Sul, vi no meu Ribatejo
Campinos na arte de campear
Pus barrete e jaqueta encarnada
E em Santarém, um touro fui pegar

Naveguei, Tejo abaixo, até Lisboa
Namorei a menina da Nação
Com ela aprendi a cantar o fado
E acolher os filhos no coração

Vi no Alentejo, o trigo, ceifar
Por homens tisnados pelo calor
Nos vinhos e enchidos, abusei
E cantando, aliviei minha dor

Alegre e cansado, cheguei ao Sul
E no mar azul, logo mergulhei
Vi moçoilas dançar o corridinho
Deitado ao sol, o corpo escaldei

Até um dia destes, amigo Bróitas!