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sábado, 26 de abril de 2008

Cravos de Abril

Apesar de já (muitos) termos vontade de mudar o actual marasmo de politiquices, de mentiras encobertas e de enriquecimento próprio, é de facto importante relembrar como era o nosso Páís até Abril74, como ali se chegou, os exílio, a força do Zeca e de muitos outros e depois a força do Salgueiro Maia (e de muitos outros também).
A vitória aconteceu não só porque a razão era óbvia, (não esquecer que havia também uma guerra colonial em curso) mas porque nos momentos cruciais (e logo muito cedo) o povo desceu à rua e participou ('naifemente') na progressão dos acontecimentos.
Por tudo isto, há que lembrar, comentar, contar aos filhos e aos amigos destes, estar atento e desmascarar logo à partida os atentados à liberdade e à democracia que, ainda hoje, teimam em aparecer.
Publico o artigo enviado pelo amigo M.(sempre presente):

Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "Regresso":

Fico contente por saber que, ainda, existem pessoas que se lembram do 25 de Abril e, melhor ainda, se propôem comemorá-lo.
Pena é que muitos dos que só conseguiram chegar aonde, hoje, estão devido ao facto de ter havido o 25 de Abril de 1974, sejam os seus maiores inimigos e os seus maiores detractores.
"Pobres daqueles que cospem no prato onde comeram!"

Fui para a rua, não vi cravos
Nos jornais, não li alusão
Muitos esqueceram depressa
O dia da Revolução

Vamos refrescar a memória
Combater a ingratidão
Com a caneta, feita arma
Se faz outra revolução
... ... ... ... ... ...

CRAVOS DE ABRIL
A chuva a tanger no telhado
Na janela, o vento a cantar
É o Abril das águas-mil
Que o jardim vem alegrar

Que o jardim vem alegrar
Fazer florir cravos vermelhos
Que metidos nas espingardas
Vão trazer novos evangelhos

Vão trazer novos evangelhos
E construir um país novo
Não deixemos murchar os cravos
O símbolo da voz do povo

O símbolo da voz do povo
Tantas vezes espezinhado
Mas que, um dia, se vai erguer
Para não, mais, ser enganado

Para não, mais, ser enganado
E não esquecer na memória
Que de cravo vermelho ao peito
Pode sempre cantar vitória

PS: ... Obviamente, o futuro há-de sorrir!

Publicada por Anónimo em Placebo a 24 de Abril de 2008 11:46

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