Boas-Vindas

Amigos,
Esta é uma net-expressão da
QUINTA DA BORRACHA, vocacionada para os que têm a felicidade de a conhecer, e não só..., que permite partilhar e divulgar as suas actividades e belezas naturais, comentar assuntos e publicar intervenções.
Um local livre, que não faz bem nem mal, antes pelo contrário, mas que pode dar muito ... tanto quanto todos quisermos dar.

Todas as fotos de natureza foram obtidas na própria Quinta
Convido-vos à leitura ansiolítica e ao comentário...

domingo, 4 de novembro de 2007

Nau do Desespero


Mais um comentário-poema ao artigo 'Dia de Finados' do amigo M. que se publica e aplaude:
(gravura criada pelo J. num fim de semana na Quinta)


"Apenas e só, porque o teu amigo C., através das palavras de Álvaro de Campos, tocou nesta realidade imutável e na qual, teimosamente, nos recusamos a pensar, é que resolvi partilhar neste espaço o que escrevi recentemente quando vi definhar e tombar, a meu lado, uma árvore desta imensa floresta em que todos nós, também, somos árvores.
"Devemos aproveitar as tristezas para darem mais força às alegrias!"


NAU DO DESESPERO
(As brumas do Além)

Voei por cima da bruma do mar
Vi uma nau navegando no céu
Ia lotada de rostos sofridos
Todos envoltos por um branco véu

De pé, à proa, um vulto sem rosto
Mostrando que era ele a comandar
Apesar do medo e das ordens dadas
Alguns teimavam em desembarcar

No murmúrio que chegava até mim
Ouvia gemer e também chorar
Todos sabiam que o seu destino
Era muito além dos confins do mar

Daqueles que acatavam as ordens
Ouvia-se na penumbra uma canção
Nos versos diziam com tristeza
Que a saudade ia no seu coração

O vento dissipou a espessa bruma
E eu para o céu carmesim olhei
Ao ver o Sol brilhar no horizonte
Nas ondas da vida, eu, mergulhei

Um abraço
3 de Novembro de 2007 12:55"

1 comentário:

Anónimo disse...

[Do dia 22.10.2007]

As aulas servem para alguma coisa nem que seja apenas para inspiração e como vem sempre Os Lusiadas á tona eu tambem os embarco comigo...

Mar Descoberto

Mar, tu que os levaste
A nossa tao querida gente
Porque nao tentaste devolver
Os que partiram para morrer
Porque nos deixas tu dormente?

Nao foram eles que sentiram
Aquele aperto enorme no peito
Foi este povo Lusitano
Que para despedidas nao tem geito

A noticia é sempre vaga
Sem certezas nem consolo
Só a duvida permanece
Nas viagens desta saga

Devolve-nos os perdidos
Que cá nao foram esquecidos
Deixa, Mar, matar as saudades
Daqueles que desvendaram as verdades!